sexta-feira, 1 de março de 2013

O POP não poupa ninguém!

nem o papa, já previa Humberto Gessinger. Para os católicos apostólicos romanos extremistas só essa foto já é motivo de afronta. Que seja! Nunca falei sobre religião porque respeito o direito à crença de todo mundo, mas religião se discute sim, principalmente quando é usada para discriminar o comportamento alheio e quando se põe como barreira frente as novas tecnologias que bem sabido, é para o bem de todos.
Sou católico de herança, não vou a missa, não gosto de igreja, nem de padre, nem de papa e nem de todas essas categorias e subcategorias que existem ninguém sabe bem pra quê. Se Deus existe e é onipresente, eu não preciso ir a missa, se eu posso conversar diretamente com Ele nas minhas orações não preciso de intercessor, se o padre é humano e pecador assim como eu, porque eu tenho que confessar a ele os meus pecados, porque ele pode me julgar e me punir, se Deus é supremo e só cabe a Ele o julgamento? São questionamentos bem primários ainda criança e obrigado a ir ao catecismo, já eram meus e ninguém nunca me explicou!
Qual o porquê das evangélicas só usarem saias, não cortarem os cabelos e não usarem maquiagem? Porque não comer carne vermelha nas sextas-feiras? Eu devo amar o próximo, desde que de sexo diferente. Eu tenho que ir a missa aos domingos, mesmo sem querer, mesmo com preguiça, tenho que me ajoelhar, fechar os olhos, pedir e agradecer.
                  Não contribuo com o dízimo e não tenho medo de ser expulso do céu, acredito na solidariedade das pessoas, na boa vontade e contribuo com isso quando faço um trabalho bem feito, quando ajudo a quem precisa, quando oferto uma palavra de conforto, quando provoco riso em alguém! Pra mim, toda essa simbologia é estúpida e entra em desacordo com uma conhecida passagem bíblica: A FÉ SEM OBRAS É MORTA!
                  Eu não acredito e nem glorifico e nem dignifico um papa que vive cercado de ouro e jóias em um casarão com zilhões de quartos e salas e antessalas e seguranças, enquanto se mata e se morre de fome e de sede na   Etiópia. Eu não confio em pastor exorcista que de má fé lucra 2 bilhões as custas da boa fé alheia. Eu não atribuo a Deus o emprego que perdi, aquele concurso que eu não passei ou aquela pessoa que me deixou.
                 Acredito em mim, na minha força de vontade e em tudo que eu desejo e que posso conseguir desde que EU me esforce! Acredito também  em alguma coisa maior (cósmica, astral, sei-lá-que-porra) que possa interferir de algum modo positivamente ou não, no rumo das coisas, muitos chamam de coincidências, destinos, oportunidades...eu chamo de Deus, por força do hábito e por não haver melhor palavra, mas sei que até para as coincidências e os destinos e as oportunidades surgirem, eu tenho que dá uma forcinha e estar disposto, porque é bem verdade sim, a fé sem obras realmente é morta. 
                  A crença, para a maioria, é uma necessidade, seja Deus ou seja Buda, as pessoas precisam ter algo para que possam compartilhar e atribuir seus próprios fracassos. O que eu queria deixar bem claro é que crer, não crer, crer de outra forma, não nos torna melhores ou piores pessoas. Eu não preciso impor minhas crenças ou descrenças a ninguém, se todo mundo cresse sozinho não teríamos tantos problemas. Se todo mundo exercitasse sua espiritualidade no conforto do seu lar, não teríamos igrejas, padres, pastores e outras tantas instituições que querem neutralizar pela fé os nossos desejos, que querem ditar e julgar e discriminar pela fé o nosso comportamento e pela fé, querem escolher quem a gente deve amar.
                   Enfim, não é o que temos, é utópico, como quase tudo que eu desejo.

"será que nunca faremos se não confirmar, a incompetência da américa católica que sempre precisará de ridículos tiranos?  
será que será que será que será, será que esta minha estúpida retórica terá de soar, terá que se ouvir por mais mil anos? ♫ "