segunda-feira, 22 de outubro de 2012

re-nascer


Combinamos então que é agora?
Pronto. O dia um, a hora primeira e boa parte deste peso aqui no peito fica na pré-história,
no caos primordial sem registro, nem memória.
Decidimos que tudo está fresco, tinindo de novo, o mundo estreia e nós com ele.
O cansaço não existe porque ainda não é possível. Ele é o fruto de longos itinerários e nós aqui no primeiro passo, agora o segundo.
Arrependimentos, dúvidas, traços da nossa história agregados à pele, marcados em carne-viva por aí, sumiram.  Novo, o mundo te espera, se estreia tudo diante dos olhos maravilhados da primeira vez e a brisa da tarde se inaugura constante em seus cabelos. Proclamar a vida em seu frescor crepitante e nada é ainda amargo, velho nem triste. No horizonte infinito de possibilidades, "inventar-se" é a palavra, nesse nosso faz-de-conta tão sério.